Viagem à EXPONOR

Mais uma de várias histórias que podem ser contadas sobre a nossa BML... A nossa instituição mais característica da nossa aldeia foi, é e será sempre um dos veículos priveligiados no desenrolar e divulgar das mais variadas situações que nos fazem reflectir em questões do género de "De onde vimos?" ou "Para onde vamos" ou ainda "Ninguem me fode, o Castelo Branco não é homem.."... Estas questões são imperativas nos dias que correm. Sendo assim, passemos ao relato.

Era um dia de Junho. A manhã estava linda. Sol, pássaros a cantar, a árvore à beira da casa de ensaio cheia de abelhas e vespas, enfim, o dia perfeito para uma viagem ao Porto. O concerto tinha sido arrajado pelo Maestro Lourenço. Era na Exponor em ocasião de uma feira de produtos regionais. O ambiente que se vivia antes da partida era de perfeita sintonia e união entre todos. Foi então que se passou algo que viria a melindrar este início de dia, ainda que sem por em causa toda a harmonia posterior.

O Ti Manel Rasga recebe uma notícia inquietante do condutor do autocarro fretado para nos levar ao Porto (toda a gente sabe que o autocarro da Banda é uma hora mais lento). O dito condutor, acercando-se do nosso Ti Manel, começa a expor então o problema que estava a minar a ecursão: "Olhe lá, andaram a mecher na televisão, escangalharam-me isto tudo, agora o vídeo já não dá e não vai haver televisão nem rádio para ninguém até ao Porto, que é para não me estragarem mais nada."
Ti Manel, como verdadeiro zelador da ética e moral da juventude da BML, começa logo a indagar quem teria sido o vil e cruel prevericador que tinha intreferido com o normal funcionamento dos aparelhos electrónicos do autocarro! Depois de várias tentativas de saber (acho que bastou perguntar uma vez), Cabeção disse, em tom decidido e firme: "Foi o Vitinho!!!".

Este facto vinha agravar ainda mais o estado de Ti Manel que agora deixava de ter apenas o dever de director da BML e passava a acumular o dever de Avô.
Escusado será dizer que Ti Manel acerca-se do Vitinho e antes que este pudesse dizer fosse o que fosse em sua defesa aplica-lhe um estalo dos grandes.

Esta é a história na sua generalidade... Mas falta um grande pormenor que na altura foi abafado...

Quem realmente tinha interferido com os aparelhos electrónicos tinha sido o Filho do Pilo (que mais tarde viria a foder a bataria)... Fontes seguras disseram-me que ele, chegando de manhã e tendo-se deparado com uma televisão, tratou logo de tentar sintonizar a TVI para ver os macaquinhos que estavam a dar quando tinha saído de casa. Como não teve sucesso nessa empreitada, abandonou os seus esforços, deixando o aparelho sem a sintonia desejada. Mais tarde, acho que descobriu que as televisões dos autocarros só davam para ver vídeo mas na altura achou aquilo muito estranho. Quando aconteceu o acima relatado, ele ainda pensou em entregar-se mas Cabeção tratou de por um ponto final na questão. E como Vitinho já tinha apanhado, achou melhor manter-se na retaguarda, para bem da descrita harmonia na Banda!

Engraçado como Cabeção aparece repetidamente nestas situações, sendo um verdadeiro ponta de lança da BML (houve quem o considerasse o verdadeiro número 1 da Banda)...

E foi mais um relato da BML. Espero que se tenham divertido... O concerto correu muito bem e toda a gente se divertiu imenso. Foi um dia muito bem passado!

VIVA LOIVOS
VIVA A BML
VIVAM OS RIBEIRENSES

P.S. Uma última nota de interesse: Quando a Banda chegou a Loivos à noite houve um estranho fenómeno! Quase todo o plantel da BML estava com soltura... Tão grave que o Miro nem conseguiu subir as escadas, tendo evacuado junto à videira mais próxima da vinha perto da sua casa, deixando a porta do carro aberta e o dito a trabalhar... Bons tempos...

P.S.2. A escrever estas histórias há diversas palavras que me fazem lembrar de outras histórias da Banda... O repertório é imenso... Mas como não há tempo para tudo, fiquem à espera....